• Foto tirada por Vera Oliveira @ São Pedro de Moel, distrito de Leiria, Portugal - Agosto 2006
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    sábado, maio 29, 2004

    Mergulho solitário
    No solar desvaneio
    De uma lagoa vital!
    Que Aqui Amortece
    Incapaz de nadar
    Presa por um olhar
    Que tarda a brilhar
    O ar corre
    Lateral
    Fugindo da respiração
    Num sopro descomunal!

    Cruzes absorventes
    Luminosidade escondida
    Mundo fechado
    Na vida sombria
    Abortamento cristalino
    Outrora libertino

    Luar tingido
    Constantemente absorvido
    Roça na minha pele
    Num sólido toque

    Libertação engaiolada
    Pássaros axadrezados
    Olhos vidrados
    Plenamente fechados
    Do rio tenaz
    Que desiquilibradamente flui
    Enigma solar
    Do breve mar!

    "Roteiro da vida" - Camilo Pessanha in Clepsidra

    quinta-feira, maio 27, 2004
    Enfim, levantou ferro.
    Com os lenços adeus, vai partir o navio.
    Longe das pedras más do meu desterro,
    Ondas do azul oceano, submergi-o.


    Que eu, desde a partida,
    Não sei onde vou.
    Roteiro da vida,
    Quem é que o traçou?


    Nalguma rocha ignota
    Se vai despedaçar, com violento fragor...
    Mareante, deixa as cartas da derrota.
    Maquinista, dá mais força no vapor.


    Nem sei de onde venho,
    Que azar me fadou!?...
    Das mágoas que tenho,
    Os ais por que os dou...


    Ou siga, maldito,
    Com a bandeira amarela...
    .......................................
    Pomares, chalés, mercados, cidades...


    A olhar da amurada,
    Que triste que estou!
    Miragens do nada,
    Dizei-me quem sou...


    Acordei

    Olhei a bruma que se dissipava á minha frente

    Um suspiro pela manhã

    Um beijo

    Uma janela: a vida!

    O supremo toque da nostalgia
    A constante verdade escondida dentro de mim mesma
    Perco-me dentro das palavras proferidas
    O ser que me acalma
    Velozmente oiço a voz
    A doce voz
    A melodia cantada pela natural supremacia humana
    Sinto o odor
    Da tua eternidade secreta
    Guarda os tesouros
    Invoca os meus sentidos
    Ó Mar!

    Agouros

    domingo, maio 23, 2004
    Agouros...
    Agouro d´ouro...
    Incendeia minha mente...
    Invade os meus sentidos...
    todos os cheiros,
    todo o tacto sentido...
    A mundana filosofia apela ao raciocínio...
    Mente fria!
    Coraçao quente!
    Segue-te...
    Sem nunca te perderes!
    Leva-te pelo vento,
    O universo guiar-te-á
    Nos sombrios vales da vida.

    Calma

    Acalma...
    A calma do meu tormento!
    Dias de eternidade...
    De felicidade agora perdida...
    O elo de duas almas...
    Duas almas perdidas...
    Na imensidão de um olhar!
    A sua física fusão...
    A sua celestial fusão...
    Juntos como o azul tingido do mar...
    Do céu...
    Os oceanos bramam
    As ondas esbatem-se,
    O caos instala-se...
    A vida prossegue...
    Mas o espírito não acalma...
    A dor da alma!

    Isabel Allende in "Paula"

    " (...) senti-me mergulhar naquela água fresca e apercebi-me que a viagem através da dor terminava num vazio absoluto. Ao diluir-me tive a revelação de que esse vazio está cheio de tudo o que o universo contém. É nada e é tudo ao mesmo tempo. Luz sacramental e escuridão insondável. sou o vazio, sou tudo o que existe, estou em cada folha do bosque, em cada gota de orvalho,em cada partícula de cinza que a água arrasta, sou a paula e também eu própria, sou nada e tudo o resto nesta vida e noutras vidas, imortal. " - Isabel Allende in "Paula"

    Búzio

    Um búzio...
    Percorre todas as arestas do mundo...
    Viaja pelos longínquos oceanos...
    Até cravar-se na temível areia!

    A areia prende!

    Ele afunda-se progressivamente...
    A sua respiraçao fica contida...
    Nos infímos grãos de areia
    Que lentamente o agarra...

    Subitamente...


    Cheirosa e destemida,
    Uma onda se afoga...

    Na imensidão areal...
    O Búzio emerge...

    Libertado pelo poder oceânico!

    A vida retorna...
    O Ar purifica-se...

    A Lua lá no cimo espreita...
    A noite aproxima-se
    O mar acalma...

    A vida prossegue,
    Comandada pela navio da Felicidade!

    Aberta a ti

    Maresia flutuante...
    Perdida nos recantos da alma!

    Vendaval de luares,
    Morbidez solar,
    Descanso natural,
    Natureza rejubilante...
    Ancorada na pura mente...
    O orvalho caminha em minha direcção...
    Sinto a humidade verdejante...
    Aquela réstia de vida na face...

    No olhar...
    Alegre como outrora!

    Vem...

    Entra no ser torturado!
    Desvenda os alentos...
    As verdades escondidas!
    A incoerência humana...
    O benévole rio...
    Que desagua no horizonte mental,
    Tão fugaz quanto o pensamento!

    Imerge "profundis"...

    Em Mim!

    A minha cidade

    sábado, maio 22, 2004
    Paisagem desfigurada e imortal...
    Vislumbro-te no horizonte...
    Ó cidade ancestral!
    O teu olhar infinito transcende o meu sonho...
    Num sono inquebrável...
    As tuas colinas mergulham em mim...
    Como num profundo e atlântico oceano!
    Teus sinos cantam uma doce melodia...
    Evocando tempos perdidos...!
    A imensidão do passado esbate-se em ti
    Os teus gélidos ventos entranham as minhas ossadas!
    Sinto a escuridão das tuas luminosas noites...
    Vejo-te ; imagino-te ; choro-te...
    Lusos, Bárbaros , Romanos...
    Grandiosidade perdida...
    Hoje és cinza!
    Bracara, Bracara, Bracara esquecida...
    Sê novamente Augusta ó imperial cidade!
    Desdobra-te das mortais mãos!
    Os celestiais céus por ti clamam...
    Os arcanjos te protejem...
    Os Deuses te proclamam...
    Amo-te ó angelical cidade!
    Hoje, silenciosamente te invoco!!

    o sol raia por entre os humanos olhos...
    A vida corre...tão depressa, que nem o universo acompanha o girar da vida...
    Do mundo...
    Do cosmos...
    Uma bruma aflora!
    A agreste natureza renasce!
    Selvagem vento que canto trazes tu??
    Sol, como ousas invadir o meu olhar?
    Água, pura fonte de vida... faz-me flutuar e desaguar...
    No meu horizonte , a minha foz...
    A foz da alma... onde Água,Fogo,Vento e Terra se unem...
    Se entrelaçam num solene cantar...
    O bravio cantar... o soar do espírito...
    A selvagem vivência!



    A vida

    Passado...
    Presente!
    Futuro...
    As três fases da vida...
    guia- és passado
    vive- és presente
    Futuro...
    a tua caminhada...
    o determinará!
    Arma a tua armadura!
    Mune-te!
    Enfrenta a batalha,
    O falcão te guiará...
    Luta como um bárbaro!
    Pensa com o coração!
    deus te revelará o caminho
    até á grande obra...
    A tua "lenda pessoal"...

    "viver ou não Viver?"

    Quem és?
    Que fazes aqui?
    Vagueias perdido pelo mundo!
    Com destino traçado...mas...
    A qualquer hora alterado...
    Modela-te...
    Segue os teus impulsos,
    Ouve o silêncio da alma...
    Explora as tuas catacumbas!
    Segue o teu espírito...
    A natureza...
    És uma ínfima parte do universo...
    És a matéria consolidada...
    Da Perfeição...
    Busca-te!
    Encontra-te!
    E vive, vive...

    Dream on

    Sentir...
    Sonhar...
    Sorrir...
    Constantes bombardeamentos
    No meu espírito
    Quem sou...?
    Que faço aqui...?
    Procuro-me,
    Mas nada busco!
    Os dias passam e nada muda...
    Serei a mesma alma?
    Amo o infinito...
    O infinito que me transcende
    e me ofusca...
    O fogo de sentimento...
    O vermelho da essência!
    Por instantes...
    Apago-me deste mundo
    E entro numa profunda dimensão...
    Que ultrapassa tudo o que é visível...
    E, calmamente...
    Corpo e espírito se desdobram...
    O azul celeste...
    O Éden perdido...
    Os anjos eternos...
    Meu espírito flutua...!!!