Sentada numa cadeira, escrevo pensamentos levados pelo tempo e reencontrados pela memória. Olho a cálida manhã e sinto-me efervescer à medida que o calor se instala em mim... Pulverizo a minha respiração e dou eco aos meus ouvidos, aqueles que te ouviram horas e horas, sem pedir nada em troca... Suplicando , apenas, a batida do coração.
Abro a Porta, desço as Escadas , caminho em direcção a Ti, Estrada interminável, que contrapesas o infindável equilíbrio universal.
Viajo a uma velocidade indeterminada, rodopiando vezes sem conta, no mágico círculo de envolventes estrelas. A natureza rebusca e matiza as cores... Os carros vazam o ar... as pessoas caminham apressadas...
A Noite cai!
O silêncio torna-me escrava do Vazio. Levito. Creio nas palavras e nos murmúros que caem em mim como bicudos gumes de uma espada. Oiço o ténue trovão ecoando na varanda.
Saio.
Sinto a nortada na minha face: abro as asas ; O cabelo voa.