Sal
In Gowan Ring, Boat of the Moon
Descalço-me e sinto a areia nos meus pés. No horizonte,
o sol esconde-se e as ondas agitam-se. Um barco ruma, ocultado pela névoa que se forma.
Fecho os olhos. Navego no sonho,
rumo a Ti.
O vento afaga-me o rosto.
Sinto a brisa, ventosa e fria, como marmóreas estacas que apunhalam.
O barco desapareceu, rumou à Lua, perdeu-se no infinito.
Pé ante pé, entro na água salgada. Quero adormecer.
Abro os olhos. Toco o oceano no silêncio da noite.
Damos as mãos, fundimo-nos
e transformamo-nos:
o Sal
Etiquetas: devaneios, infinito, luar, noite, oceano, praia, silêncio