ocaso
Rui Moura, 2009
Acordei
e a névoa que habita o meu corpo
permanece.
Preciso de novas sensações, intensas
como a preia-maré que
agita
as cálidas
areias da praia onde me
perco.
Abri
a janela:
vejo
o ténue sol, as nuvens e as velhas casas
que
rodeiam
as vigas que
sustentam o equilíbrio das formas.
Suspiro.
Respiro e
sustenho o ar puro que
renova
as veias, o sangue, os pulmões, a alma.
Saio para o mundo.
Solto
as amarras.
Abro
os braços
sinto
a Liberdade e
corro em tua direcção