littera
Por ocasião do encontro literário com valter hugo mãe na Escola Secundária/3 de Barcelinhos, organizado, hoje, pelo núcleo de estágio de Português ao qual eu pertenço, revelaram-se algumas facetas de um visível conservadorismo social daquilo que eu chamo comunidade da vulgata católica.
Hoje abordaram-se temáticas frágeis aos olhos dos idealistas puritanos, que fecham os olhos à Realidade por nós observada nos jornais, na televisão, nos livros, nos blogs e até mesmo nas comunidades que nos circundam. Isto sem falar nos dados históricos dos anos obscuros da Igreja, a Contra-Reforma.
As perspectivas agora são diferentes e mesmo após termos vivido muitos anos sob o jugo de um regime autoritário e coorporativista, semelhante ao fascismo de Benito Mussolini e de Franco, continuamos num marasmo cultural que é abalado quando alguém põe em causa o ideário que rege o catolicismo: «Deus [...] e Família» .
Quando se aborda a questão e a existência, ou inexistência, de Deus entramos em caminhos sinuosos. Eu própria sou Cristã e sou-o porque, nasci num país cuja religião maioritária é o Cristianismo. Caso tivesse nascido na Arábia Saudita seria muçulmana. Diferentes países, diferentes tradições, prevalência estatística.
A Religião não é, porém, defensível quando colocamos em questão comportamentos éticos vindos de alguém que é, simplesmente, o líder religioso de uma determinada doutrina. Devemos abrir os olhos, a mente, observar e saber criticar quando é necessário. O puritanismo é uma característica do passado, guardado no baú de memórias, a História. Podemos possuir diferentes opiniões, eu acredito em Deus, num ser transcendente, não acredito na Igreja enquanto instituição. Entre Papas, prefiro o da Universidade do Minho, porque o do Vaticano não tem uma conduta ética e humana como o seu predecessor, bem pelo contrário... Refiro isto porque valter hugo mãe hoje relembrou-nos o esplêndido aparato que sempre envolveu a Igreja, e que o nosso queridíssimo Bentinho não ignorou. Aliás, reavivou-o! Viva o Marketing, o sexo ao natural e as famílias numerosas que não conseguem sustentar os filhos e que, inevitavelmente ,os deixam ao «deus dará» ou numa instituição de caridade! Coitadinho do David Attenborough e da organização Optimum Population Trust. Ao interceptar os ideais desta organização com aqueles defendidos pelo nossa amado Bentinho não nos podemos esquecer que a Igreja Católica está a perder crentes e que o mercado asiático, indiano e africano podem ser proveitosos para o Ocidente (maior lucro e poder para a Igreja e para os mercados económicos europeus).
Em Portugalinho vivemos num marasmo porque este país, com fraca produção cultural, vive enclausurado na Moral e ética religiosas e está imerso na Estatística (cada vez mais, ora vejam as políticas tecnoburocratas do Ministério da Educação), obliterando a produção e desenvolvimento de conhecimento crítico das massas, muitas vezes condicionado pela Igreja que «quer, pode e manda». Haja liberdade, haja literatura, haja criatividade artística e pensamento crítico!
A propósito, lembrei-me dos Xutos & Pontapés e da polémica que gira em torno da letra «sem eira nem beira».
No mesmo seguimento recordei-me do comportamento inquisitório dos agentes (espiõezinhos!) governamentais da Dren comandados pelo nosso querido governo SoCretino(s) - o despedimento do Professor Charrua. É deveras anedótico... Cá para mim qualquer dia a PIDE será ressuscitada e o Index sairá em decreto-lei.
Ora bem, deixem-me ver os livros que tenho e que podem constituir atentado ao pudor... ah, já sei: «Pornocracia». Tapem-se como Adão & Eva, mantenham a moral intacta e preservem um lugar no céu, ou não!
Hoje abordaram-se temáticas frágeis aos olhos dos idealistas puritanos, que fecham os olhos à Realidade por nós observada nos jornais, na televisão, nos livros, nos blogs e até mesmo nas comunidades que nos circundam. Isto sem falar nos dados históricos dos anos obscuros da Igreja, a Contra-Reforma.
As perspectivas agora são diferentes e mesmo após termos vivido muitos anos sob o jugo de um regime autoritário e coorporativista, semelhante ao fascismo de Benito Mussolini e de Franco, continuamos num marasmo cultural que é abalado quando alguém põe em causa o ideário que rege o catolicismo: «Deus [...] e Família» .
Quando se aborda a questão e a existência, ou inexistência, de Deus entramos em caminhos sinuosos. Eu própria sou Cristã e sou-o porque, nasci num país cuja religião maioritária é o Cristianismo. Caso tivesse nascido na Arábia Saudita seria muçulmana. Diferentes países, diferentes tradições, prevalência estatística.
A Religião não é, porém, defensível quando colocamos em questão comportamentos éticos vindos de alguém que é, simplesmente, o líder religioso de uma determinada doutrina. Devemos abrir os olhos, a mente, observar e saber criticar quando é necessário. O puritanismo é uma característica do passado, guardado no baú de memórias, a História. Podemos possuir diferentes opiniões, eu acredito em Deus, num ser transcendente, não acredito na Igreja enquanto instituição. Entre Papas, prefiro o da Universidade do Minho, porque o do Vaticano não tem uma conduta ética e humana como o seu predecessor, bem pelo contrário... Refiro isto porque valter hugo mãe hoje relembrou-nos o esplêndido aparato que sempre envolveu a Igreja, e que o nosso queridíssimo Bentinho não ignorou. Aliás, reavivou-o! Viva o Marketing, o sexo ao natural e as famílias numerosas que não conseguem sustentar os filhos e que, inevitavelmente ,os deixam ao «deus dará» ou numa instituição de caridade! Coitadinho do David Attenborough e da organização Optimum Population Trust. Ao interceptar os ideais desta organização com aqueles defendidos pelo nossa amado Bentinho não nos podemos esquecer que a Igreja Católica está a perder crentes e que o mercado asiático, indiano e africano podem ser proveitosos para o Ocidente (maior lucro e poder para a Igreja e para os mercados económicos europeus).
Em Portugalinho vivemos num marasmo porque este país, com fraca produção cultural, vive enclausurado na Moral e ética religiosas e está imerso na Estatística (cada vez mais, ora vejam as políticas tecnoburocratas do Ministério da Educação), obliterando a produção e desenvolvimento de conhecimento crítico das massas, muitas vezes condicionado pela Igreja que «quer, pode e manda». Haja liberdade, haja literatura, haja criatividade artística e pensamento crítico!
A propósito, lembrei-me dos Xutos & Pontapés e da polémica que gira em torno da letra «sem eira nem beira».
No mesmo seguimento recordei-me do comportamento inquisitório dos agentes (espiõezinhos!) governamentais da Dren comandados pelo nosso querido governo SoCretino(s) - o despedimento do Professor Charrua. É deveras anedótico... Cá para mim qualquer dia a PIDE será ressuscitada e o Index sairá em decreto-lei.
Ora bem, deixem-me ver os livros que tenho e que podem constituir atentado ao pudor... ah, já sei: «Pornocracia». Tapem-se como Adão & Eva, mantenham a moral intacta e preservem um lugar no céu, ou não!