A renovação
Desorientada, uma pluma cai no rosto fatigado e cansado de um transeunte que transita no areal abrasivo... Lentamente a noite cai e a pluma, frágil, não encontra o caminho que a leve ao seu destino. As cores escurecem e os Entrontes abandonam o horizonte impiedosamente. Na rua os pesados pés pisam-na , molham-na ... Pouco a pouco a sua cor pura transforma-se num castanho sujo, num castanho petrolifíco... As gotas de água caem, a pluma desfaz-se. Morre. Enquanto a morte se apodera de uma ínfima parte da natureza, as coloridas cores nascem novamente no horizonte soturno de frescura... A renovação da vida, o eclodir das flores, a neblina matinal aspirando a respiraçao arborífica... Tu, Eu, Nós... a cristalina onda de cruzadas espirais que rolam sem cessar...